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28/11/1995 - Mundial Interclubes: Ajax-HOL 0x0 Grêmio (4x3 nos pênaltis)

A derrota de um time de bravos

O Grêmio resistiu com um jogador a menos, anulou o Ajax e só perdeu o sonhado bi mundial na série de pênaltis


Se há circunstâncias nas quais alguém deve ser cumprimentado pela derrota, esta é uma delas. O Grêmio perdeu para o Ajax e deixou escapar o bicampeonato mundial, mas foi nos pênaltis, sempre absolutamente imponderáveis. Foi também, depois de ter lutado bravamente durante 120 minutos. Foi, acima de tudo, contra uma equipe extraordinária, repleta de craques de primeira linha.

O Grêmio começou nervoso, errando muito e com falhas na marcação. Aos poucos começou a se firmar em campo e a mostrar ao Ajax, que favoritismo é algo muito relativo. Conseguiu, inclusive, chutar mais a gol, embora sem grande perigo para o goleiro Van der Sar. A partir dos 30 minutos, a pressão do Ajax começou a ser mais efetiva, até que, aos 41, Litmanen surpreendeu a defesa entrando na diagonal e ficando no mano-a-mano com o goleiro Danrlei que saiu bem e impediu a conclusão.

Embora a equipe holandesa tenha apresentado maior volume de jogo desde o início, esta superioridade espacial não era convertida em vantagem concreta. O segundo tempo revelou um razoável equilíbrio, quebrado já aos 11 minutos com a expulsão injusta do zagueiro Rivarola. Para colocar Luciano na zaga, Luiz Felipe optou pela saída de Arílson, e se já era dificil prender a bola para evitar o sufoco holândes, pior ainda sem o jogador com melhor domínio de bola da equipe.

Aos 20 minutos, um exemplo de como gosta de atuar o campeão europeu: todo o ataque participou com passes bonitos e precisos do lance concluído por Kluivert. Mesmo com apenas 10 jogadores em campo, o time brasileiro teve a mais clara chance de gol da partida aos 30 minutos, quando Jardel, dentro da área, de frente para o gol, chutou para fora. Se o Grêmio tivesse de vencer, seria naquele momento. Mas dez minutos depois foi a vez do Ajax assustar, com uma cabeçada de Kluivert no travessão.

Jardel, lento e sem força, foi substituído por Magno, que entrou bem e ajudou a reter a bola, impedindo as saídas rápidas do Ajax. O tempo normal acabou em 0 a 0. Na prorrogação, saiu Carlos Miguel e entrou Gélson, e começou a ficar evidente que tudo acabaria nos pênaltis. Dinho, que marcou um gol de pênalti na decisão da Libertadores, foi o primeiro a bater, mas desta vez chtou mal e Van der Sar defendeu. A esperança gremista se reacendeu quando Kluivert mandou pra fora, mas em seguida Arce chutou forte no travessão. Todos os outros foram convertidos, na ordem por Ronald de Boer, Magno, Frank de Boer, Gélson, George Finidi, Adilson e Blind, que além de marcar o gol do título foi escolhido como o melhor em campo e recebeu um automóvel Toyota zero quilômetro. O Grêmio lutou muito, mas desta vez não deu para garantir o título em Tóquio.


AJAX-HOL 0 (4)
GRÊMIO 0 (3)
VAN DER SAR
DANRLEI
REIZIGER
ARCE
BLIND
RIVAROLA
FRANK DE BOER
ADILSON
BOGARDE
ROGER
DAVIDS
DINHO
RONALD DE BOER
GOIANO
LITMANEN (REUSER)
ARÍLSON (LUCIANO)
KLUIVERT
CARLOS MIGUEL (GELSON)
OVERMANS (KANU)
PAULO NUNES
FINIDI
JARDEL (MAGNO)
Téc.: LOUIS VAN GAAL
Téc.: LUIZ FELIPE SCOLARI



ÁRBITRO
PÚBLICO
DAVID ELLERY
47.129 PESSOAS

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