12/09/2004 - Campeonato Brasileiro (30ª rodada): Grêmio 1x1 Paysandu

O futebol continua o mesmo

Grêmio fica apenas no 1 a 1 contra o Paysandu na estréia de Cuca e está mais perto da lanterna


A estreia de Cuca como técnico do Grêmio foi a novidade no Olímpico, ontem à noite. No resultado, porém, nada de novo. Mais uma vez, a equipe fracassou em casa, empatando em 1 a 1 com o Paysandu e caindo mais uma posição na tabela - agora é 23º. O saldo é ainda pior: mesmo que vença o São Caetano, no sábado, o time não sai da zona de rebaixamento na próxima rodada.

A sorte parecia estar do lado do Grêmio nos primeiros minutos de jogo. O time atacava com força, obrigando o goleiro Paulo Musse a fazer grandes defesas. Aos poucos, no entanto, o adversário encontrou equilíbrio na mesma medida em que os jogadores gremistas pareciam nervosos. A intranqüilidade culminou na expulsão de Arílson, por agressão, a 41 minutos.

O quadro negativo ficou completo quando, a dois minutos do segundo tempo, o meia Jóbson, de cabeça, fez Paysandu 1 a 0. O Grêmio desestruturou-se por completo e por pouco a equipe de Belém não ampliou o placar na seqüência.

Assimilada a desvantagem, o Grêmio buscou na raça o caminho para a igualdade. O empenho ficou demonstrado com exatidão no gol de empate. Aos 29 minutos, Pitbull venceu a dividida com um adversário, passou por outros dois e desviou de Paulo Musse, fazendo 1 a 1. A pressão gremista teve prosseguimento, porém, sem sucesso.


Cuca critica Arílson e pede reforços

Mais do que o futebol mostrado, o nervosismo do Grêmio em campo foi o que mais chamou a atenção de Cuca em sua estréia. O técnico afirma que sentiu o grupo inseguro na partida. 'O simples não sai simples. A bola está queimando no pé de alguns jogadores', explica ele, que cometeu um ato falho na entrevista, ao afirmar que no primeiro tempo o domínio havia sido do São Paulo, equipe que treinava.

Cuca também não livrou Arílson das críticas pela expulsão ainda no primeiro tempo. O técnico alegou ser inadequada a reação do jogador para o momento da partida. 'Se fosse o Claudiomiro, que fez falta porque era o último homem, tudo bem. Mas não pode ficar brabo, nervosinho e ser expulso. Isso põe em xeque todo o jogo', afirma o treinador.


A direção luta para entregar essa semana reforços a Cuca. O lateral Lucianinho, do Gama, e o meia Caio, atualmente na Coréia do Sul, estão nos planos do clube. O vice de futebol Hélio Dourado confirma que se houver prazo para a inscrição de Caio, o Grêmio deve investir na vinda dele.


Segundo a definição do presidente gremista, Flávio Obino, há um torneio paralelo ao Brasileiro e que não é a Sul-Americana: 'Junto com os times que estão entre 14º e 24º lugares, vivemos o campeonato do horror', afirmou o dirigente ontem, após o empate do Grêmio com o Paysandu, no Olímpico. A declaração é uma visível provocação ao eterno rival - o Inter é atualmente o 14º colocado no Brasileirão -, justamente na semana em que os dois clubes se enfrentam pela Copa Sul-Americana. Quarta-feira, tem Gre-Nal no Beira-Rio, mas o clima já começou a esquentar ontem.


Grêmio 1
Paysandu 1
Márcio
Paulo Musse
Fábio Bilica
Maurinho
Leanderson (Yan)
Júlio Santos
Claudiomiro
Alex Pinho
George
Alonso
Cocito
Bebeto Campos
Felipe Melo
Sandro Goiano (Lecheva)
Bruno (Douglas)
Alexandre
Arílson
Jóbson
Cláudio Pitbull
Leonardo (Borges depois Balão)
Christian
Vinicius
Téc.: Cuca
Téc.: Adílson Batista


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