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27/04/1993 - Copa do Brasil (Quartas de Final): Palmeiras 1x1 Grêmio


Grêmio arranca empate do supertime palmeirense em São Paulo

O primeiro confronto entre Grêmio e Palmeiras em uma Copa do Brasil aconteceu nas quartas de final da edição de 1993. A partida de ida foi disputada em 27 de abril de 1993 no Pacaembu.

Dispensado da primeira fase do Gauchão (só estrearia em maio), o Grêmio tinha alguma folga naquele momento, se limitando a disputar a Copa do Brasil e alguns amistosos. O técnico Sérgio Cosme tinha certa dificuldade em acomodar Charles e Gílson na mesma equipe. Depois da derrota para o Gimnasia em Jujuy, o treinador prometeu mudanças no time para o confronto em São Paulo.

Vanderlei Luxemburgo, recém contratado para o lugar de Otacílio Gonçalves, com a missão de tirar o Palmeiras da "fila de 16 anos" fazia o seu terceiro jogo no comando do alviverde, e não pode contar com Antônio Carlos, Zinho, Evair e Edílson (os dois primeiros suspensos, os últimos lesionados.) Cauteloso, o Grêmio conseguiu arrancar um bom empate com gols e foi definir a classificação no Olímpico.


O Grêmio permitiu, no começo, que o Palmeiras adquirisse o controle do meio-campo e acionasse o perigoso Edmundo. Segurou as investidas do adversário, é certo, mas errou muitos passes. Só quando Marco Aurélio e Pingo se soltaram é que cresceu no jogo. Mas a breve reação comprometeu a marcação no meio. Maurílio, lançado na direita, chutou para defesa de Eduardo. No rebote, o próprio Maurílio recuou para Edmundo fazer, aos 25min40s, Palmeiras 1 a 0.

O time de Wanderley Luxemburgo manteve a pressão. Mas Gílson salvou o Grêmio ainda na primeira etapa. A um minuto do intervalo, Carlos Miguel cobrou escanteio da esquerda, o centrovante cabeceou alto no canto esquerdo de Sérgio e empatou em 1 a 1.

No segundo tempo, o Grêmio continuou a errar passes e permitiu que o Palmeiras ameaçasse, sobretudo nos rebotes com os fortes chutes de Roberto Carlos. Carlos Miguel, lesionado, e Gílson, cansado, saíram para a entrada de Fabinho e Caio. O Grêmio perdeu uma ótima chance com Fabinho, no final, mas a verdade, porém, é que o empate foi um ótimo resultado.



Gílson confirma a fama e o goleiro Eduardo também brilha



O centroavante Gílson salvou o Grêmio na garra e na raça. Fez um gol justamente no momento em que a equipe do Palmeiras estava vencendo a partida e encaminhava a ampliação no placar. "Esta cabeçada na primeira trave foi bastante ensaiada", explicou o artilheiro, que fez ontem seu sexto gol na Copa do Brasil e o 14º em 13 jogos disputados, numa média superior a um gol por partida. Na defesa, o herói foi o goleiro Eduardo Heuser que parou os fortes chutes de Roberto Carlos e Daniel e até saiu da área para fazer falta em Jean Carlo e impedir o segundo gol do Palmeiras. "Acho que fizemos por merecer o resultado", disse.

O técnico Sérgio Cosme gostou do empate, apesar de considerar razoável a atuação de sua equipe. "Sem dúvida alguma, podemos jogar melhor. Mas o grupo ficou inseguro com a nova formação e ainda nos falta ritmo de competição", explicou. O cansaço da viagem ao Japão preocupa o treinador, pois a delegação volta na manhã do dia 11 de maio, três dias do jogo de volta, no Olímpico.

Os jogadores também ficaram satisfeitos com o resultado, principalmente pela superioridade do Palmeiras na primeira etapa. "No início, nós perdemos na marcação e não conseguimos criar na frente. Eu, por exemplo, tive forte marcação do Juari, mas depois superamos nossas falhas e poderíamos ter vencido", destacou Winck. O vice de futebol, Luís Carlos Silveira Martins foi mais duro na análise do jogo. "O que me procupa são os altos e baixos no mesmo jogo", avaliou.



PALMEIRAS 1
GRÊMIO 1
SÉRGIO
EDUARDO HEUSER
MAZINHO
LUÍS CARLOS WINCK
TONHÃO
PAULÃO
ALEXANDRE ROSA
GERALDÃO
ROBERTO CARLOS
EDUARDO
CÉSAR SAMPAIO
PINGO
DANIEL
DORIVAL JÚNIOR
JUARI (SORATO)
MARCO AURÉLIO
JEAN CARLOS
CARLOS MIGUEL (FABINHO)
EDMUNDO
CHARLES
MAURÍLIO
GÍLSON (CAIO)
Téc.: WANDERLEY LUXEMBURGO
Téc.: SÉRGIO COSME

ÁRBITRO
PÚBLICO (RENDA)
ANTÔNIO PEREIRA DA SILVA
12.654 (Cr$ 1.231.769.000)



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