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04/06/2004 - Cai o departamento de futebol


Cai todo o departamento de futebol

Adílson não é mais o técnico e Saul Berdichevski sai da vice-presidência. Odone lembrado para assumir o futebol do Grêmio


Não houve pronunciamento ou reunião que adiasse a decisão. Desde ontem, Adílson Batista não é mais técnico do Grêmio. Junto com ele, deixam o clube o vice de futebol Saul Berdichevski e o diretor de futebol Evandro Krebs. O preparador físico Márcio Corrêa também foi afastado. Já o preparador de goleiros, Oscar Rodriguez, depois de uma dispensa inicial, foi procurado pelo presidente Flávio Obino e comunicado de que permaneceria.

A direção tenta agilizar a indicação de um novo vice de futebol para partir em busca do treinador. Os nomes mais cotados para assumir o departamento de futebol até o final da noite de ontem eram os de Marcos Hermann e Paulo Odone, que garante não ter recebido nenhum contato da diretoria do clube até o momento. César Pacheco completaria a lista, já que Adalberto Preis descartou qualquer possibilidade de assumir o cargo.

Para técnico, José Luiz Plein, do Glória, segue sendo lembrado. Contra ele conta, no entanto, a má experiência com Nestor Simionatto - que também vinha de boa passagem no Interior - no ano passado. Vágner Benazzi, Jair Picerni e Mário Sérgio também foram lembrados. A saída do goleiro Tavarelli foi especulada.

A decisão pela saída da comissão técnica estava tomada desde a derrota para a Ulbra. No retorno para Porto Alegre, ainda no ônibus, Adílson avisou Obino que precisava falar com ele. Escutou que nenhuma medida seria tomada naquele momento e que no dia seguinte conversariam. Obino ainda tentou demover o departamento de futebol da idéia de saída. Não funcionou. Na verdade, segundo Krebs, estava planejada há tempo. A idéia era comunicar ao presidente o afastamento na segunda-feira, depois do Gauchão, mesmo em caso de conquista.

Antes do anúncio oficial para a imprensa, Adílson, Berdichevski e Krebs reuniram os jogadores na sala de conferências para um discurso de despedida. Para que os jornalistas não pudessem ouvir o que estava sendo dito, foi colocada música alta nos corredores e um segurança cuidava para que ninguém espiasse pela janela.

Meia hora depois, às 16h30min, o trio comunicou formalmente a saída. Emocionado, Berdichevski garantiu que assistirá aos próximos jogos nas arquibancadas e que a decisão foi tomada com calma. 'Na vida a gente tem que usar o bom senso', afirmou o dirigente.

Logo em seguida, Adílson lamentou não ter obtido nenhuma conquista no Grêmio e revelou que vai dar prioridade às lembranças de 2003, quando ajudou o clube a escapar do rebaixamento. 'Acho que o trabalho foi bom. Os resultados é que não foram', disse o técnico.

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