26/01/2000 - Grêmio 0x0 Figueirense

Grêmio só empata e frustra público

Quem foi ao Olímpico não gostou do 0 a 0 contra o modesto Figueirense. Faltou entrosamento e ataque para o time de Leão

Se a festa de ontem à noite no Olímpico esteve à altura de um espetáculo da Broadway, o jogo contra o modesto Figueirense lembrou um filme de terror, em preto e branco, de Zé do Caixão. A torcida, talvez sob a influência do show, foi tolerante, mas no final não resistiu e vaiou o time, que deixou o campo com um frustrante 0 a 0 diante dos catarinenses.

Em seu segundo jogo pela Copa Sul-Minas, o Grêmio voltou a mostrar grave deficiência ofensiva. Jé está mal escalado na frente e Agnaldo voltou a intercalar bons e maus lances, irritando a torcida. De positivo, mesmo, o garoto Pansera, por sua bravura e correção nos passes. Aos 24 minutos, a torcida reconheceu o futebol do ex-júnior e gritou o seu nome. Um minuto antes, Agnaldo fez a sua melhor jogada, cabeceando no canto para Menta salvar.

Além de seus próprios problemas de entrosamento, o time comandado por Leão enfrentou uma forte e bem estruturada retranca armada por Abel Ribeiro. Zinho era o único que buscava o lance individual para vencer o bloqueio. Hernani reclamava mais jogadas pela direita, mas também pouco acrescentou. No segundo tempo, ele melhorou, criando boas jogadas.

Guilherme e Magrão substituíram Jé e Agnaldo ainda no intervalo. O garoto deu mais movimentação e objetividade ao ataque, enquanto Magrão voltou a ser presa fácil dos eficientes zagueiros do Figueirense. Se não teve criatividade na frente, o Grêmio ao menos mostrou mais uma vez uma defesa firme e segura, com destaque para Marinho. Depois do jogo, o técnico Leão elogiou o empenho da equipe na busca do gol, destacando que o adversário “reconheceu a inferioridade e só jogou para se defender”. Salientou, ainda, o futebol de Pansera, que ele foi buscar nos juniores: “Ele tem muita personalidade. É um volante do futebol moderno”.

GRÊMIO 0	FIGUEIRENSE 0
DANRLEI	SÍLVIO
ITAQUI	PEDRO ARUBA
MARINHO	CARLINHOS
NENÊ	ROGÉRIO
ROGER	DÊNIS
FABINHO	MENTA
PANSERA	ALEXANDRE (TONINHO)
HERNANI	ANDRÉ CORRÊA
ZINHO	ZÉ RENATO
JÉ (GUILHERME WEISHEIMER)	CAMANDUCAIA (VANDERLEI)
AGNALDO (MAGRÃO)	GÍLSON (ADRIANO)
Téc.: ÉMERSON LEÃO	Téc.: ABEL RIBEIRO

ÁRBITRO	PÚBLICO (RENDA)
CARLOS MAGNO	41.180 (R$ 198.671,00)